A revolução tecnológica que visa conectar eletrodomésticos, carros e até mesmo tênis, conhecida com “Internet das Coisas” (IoT) chega agora as Tintas. Pesquisadores da Universidade e Strathclyde, na Escócia, estão desenvolvendo a SmartPaint, capaz de identificar problemas estruturais em edifícios e pontes, turbinas de vento, grandes estruturas metálicas e no interior de minas, para prever riscos de desabamento.

A tinta funciona a partir de um subproduto da queima do carvão, conhecido como cinza volante, adicionada com nanotubos de carbono altamente alinhados, que funcionam como microsensores.

David McGahon, um dos pesquisadores do projeto, disse: “Quando esses nanotubos de carbono começam a dobrar, a condutividade neles vai mudar.” A dobragem é detectada pelos eletrodos incorporados dentro da estrutura e, portanto, qualquer alteração significativa no fluxo da corrente elétrica pode ser interpretada como um sinal de um defeito estrutural.

Os eletrodos são conectados a pequenas baterias e pequenos transmissores sem fio colocados em toda estrutura, mas também são esperados métodos de captação de energia sempre que possível. “Se você está em um túnel, você pode usar as vibrações de carros ou trens passando para recarregar as baterias. Se você estiver em uma ponte, talvez você possa usar um painel solar “, disse McGahon. “A ideia é torná-la mais sustentável para que você não precise sair da ponte ou estrutura o tempo todo.”

Agora os testes partem para descobrir a porcentagem exata de nanotubos necessária para que toda uma estrutura possa ser monitorada pela tinta projetada. O protótipo foi testado no monitoramento das pás e da base de concreto de uma turbina de vento. Calcula-se que essa tinta inteligente custe apenas 1% dos sensores exigidos pelas redes de monitoramento atuais, gerando uma vantagem significativa devido ao seu baixo custo de operação.